1. POLÍTICAS FAMILIARES DIRECIONADAS PARA CONCILIAÇÃO ENTRE TRABALHO PROFISSIONAL E TRABALHO FAMILIAR DA MULHER CHEFE DE FAMILIA NO BRASIL E PORTUGAL 

Resumo: Analisar as políticas familiares direcionadas para conciliação entre trabalho profissional e trabalho familiar da mulher chefe de família no Brasil e em Portugal;  Analisar as formas de organização e dinâmicas familiares das famílias chefiadas por mulheres no Brasil, Portugal;  Identificar as reais necessidades sociais das famílias chefiadas por mulheres que nascem na esfera privada e transitam para esfera pública através de lutas sociais e as necessidades impostas pela lógica de mercado;  Compreender as novas demandas das famílias chefiadas por mulheres colocadas para o poder público nos diferentes países em análise a partir das organizações, movimentos sociais feministas e representações de classe desse segmento social; Identificar as diferentes percepções dos profissionais que atuam nos centros de referencia de atendimento as famílias com relação ao modelo de família monoparental chefiadas por mulheres com ou sem cônjuge.

Coordenação: Professora Doutora Adriana de Azevedo Mathis

2. Tensões entre trabalho e família: análise das políticas públicas na organização do cuidado na vida familiar no Brasil

Um dos problemas sociais relevantes na atualidade é a conciliação das demandas conflitivas entre trabalho e família. Se o crescente acesso e permanência das mulheres ao mercado de trabalho indica mudanças econômicas, sociais e culturais, a persistência das desigualdades de gênero e sua capacidade de se reorganizar em novos contextos, impõe uma perene agenda de investigação. A reforma trabalhista e a pandemia de Covid-19 impactam ainda mais a inserção e a manutenção das mulheres no trabalho, em um contexto de crise de cuidados, principalmente em relação às crianças pequenas e idosos, em uma estrutura familista das políticas sociais associada à retração do Estado.  À despeito de poucas pesquisas que examinam as políticas sociais que incidem sobre essas tensões, indagamos: como seria, no Brasil, a mais adequada conformação de políticas sociais com o intuito de promover maior igualdade de gênero no trabalho e no interior das famílias? Essa é a questão que move essa investigação no sentido de que pretende analisar e caracterizar, através de pesquisa nacional, políticas sociais que se relacionam e afetam a conciliação entre trabalho e responsabilidades familiares – licenças trabalhistas remuneradas; serviços de educação infantil e serviços socioassistenciais aos idosos. O estudo corresponde a uma pesquisa de natureza quali-quantitativa. A análise qualitativa será realizada a partir do exame das normais legais das políticas e das percepções acerca do papel das políticas referidas ao trabalho e vida familiar, a partir do survey Gênero, Trabalho e Família no Brasil: mudanças e permanências nas últimas décadas, financiado pela SPM (2016). A parte quantitativa corresponderá a análise descritiva e modelagem a partir de cruzamentos nas principais bases de dados populacionais visando analisar a inserção produtiva de homens e mulheres em sua relação com os indicadores relativos às licenças remuneradas, a política de educação infantil e serviços socioassistenciais aos idosos.

Coordenação: Profa. Dra. Andréa de Sousa Gama (UERJ) Vice-coordenação: Profa. Dra. Liliane Moser (UFSC)

Projeto interinstitucional com a participação das Professoras Doutoras Cilene Sebastiana da Conceição Braga e Francilene Soares de  Medeiros Costa, pesquisadoras do PPGSS/UFPA.

O projeto iniciou em 2022 e terminará em dezembro de 2024.  

3. Coletivos juvenis e participação política na Região Metropolitana de Belém

O projeto de pesquisa tem como objeto de estudo o protagonismo político juvenil na Região Metropolitana de Belém. (RMB) A hipótese de trabalho adotada nesta proposta de Investigação, reside na leitura de que alienação e sedição, não podem ser separadas da história concreta e das condições objetivas que marcam a existência humana, determinada pelas estruturas de exploração/dominação/opressão. Nesse sentido, as relações sociais, precisam ser concebidos a partir das contradições que perpassam tais estruturas, que devido a hegemonia da classe burguesa tendem reproduzir a sociabilidade alienante e resignada, mas também a resistência. O movimento das mediações classe, raça, etnia, gênero, sexualidade, é a perspectiva teórico-metodológica que sedimenta a investigação a partir do recorte etário juvenil. Daí a opção pelo protagonismo político de jovens, vinculadas(os) a movimentos sociais e/ou coletivos anticlassista/antirracista/antiétnico/antipatriarcal com desdobramento anticapacitista. O protagonismo é entendido aqui como processo de resistência democrática diante de conjunturas, marcadas por tentativas de rupturas com a institucionalidade democrática e com qualquer manifestação de direitos emancipatórios. O objetivo geral do projeto, consiste em conhecer e analisar as formas de expressões de protagonismo político juvenil, tendo em vista a complexidade do processo democrático brasileiro e as resistências como forma de garantir conquistas constitucionais. Dentre os objetivos específicos, propõe-se identificar e analisar a participação das/(os) jovens nas lutas e nos movimentos sociais/coletivos anticlassista, antirracista, antimachista, anticapacitista.

Coordenação: Professora Doutora Maria Antonia Cardoso Nascimento