Resumo: O presente estudo teve como objetivo geral conhecer e analisar a relação entre a precarização do trabalho e o assédio moral com assistentes sociais que atuam nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) no Pará, bem como, as suas repercussões para o desgaste mental destes profissionais, visando subsidiar elementos para a criação de estratégias de enfrentamento a esta forma de violência presente em diversos espaços sócio-ocupacionais que afeta de forma significativa a saúde do(a)s referido(a)s profissionais. Deste modo, aprofundou-se a compreensão do objeto de estudo a teoria social crítica e o método em Marx, objetivando desvendar as múltiplas determinações do referido objeto, na tentativa de alcançar a sua essência, ou seja, ir além da aparência, por aproximações sucessivas do real. No que tange a metodologia aplicada utilizou-se como procedimentos: 1) pesquisa bibliográfica com base em livros e artigos científicos de autores clássicos e contemporâneos com a finalidade de compreender as categorias do objeto de estudo (trabalho, precarização do trabalho, assédio moral e saúde/desgaste mental); 2) pesquisa empírica com abordagem qualitativa que ocorreu de forma híbrida (presencial e virtual), tendo como participantes da pesquisa 20 (vinte) assistentes sociais que atuam em 02 (duas) IFES’s no estado do Pará.; e 3) Análise de conteúdo. Utilizou-se para coleta de dados um formulário aplicado na modalidade on-line, bem como, a entrevista semiestruturada. Assim, os resultados obtidos com a realização deste estudo constataram-se a existência da relação entre precarização do trabalho e assédio moral, pois observou-se que os padrões de gestão e organização do trabalho tem resultado em condições de trabalho extremamente precárias. Isso se manifesta por meio da intensificação do trabalho, que se traduz na extensão de jornadas de trabalho, estabelecimento de metas incansáveis, dentre outros. Acrescenta ainda que essa forma de gestão baseada no medo, manifesta-se em formas de abuso de poder, através do assédio moral. Identifica-se ainda a importância dos movimentos de luta e atos de resistência para o fortalecimento do coletivo, tendo em vista, o enfrentamento ao abuso de poder e de qualquer forma de violência, inclusive, o assédio moral que pode levar ao desgaste mental e até mesmo o suicídio.