Resumo: Objetiva analisar se as estratégias de organização/mobilização política e os processos de r-existências dos povos tradicionais, diante das tentativas de expropriação para a territorialização do grande capital, têm garantido a permanência em seus territórios tradicionalmente ocupados. Para tanto, desenvolveu-se quatro objetivos específicos a partir da teoria social crítica. No primeiro, identificou-se que os enfrentamentos dos povos tradicionais frente à territorialização das empresas e/ou grandes projetos são os impactos causados pela territorialização do capital não somente nos territórios que se instalam e que a maior investida é causada pelo Estado e se tem promessas de expansão. No segundo, foram mapeadas as ações de enfraquecimento da r-existência do Estado e das grandes empresas em territórios tradicionalmente ocupados, os quais são mecanismos interligados e que vêm facilitando toda cadeia de violações, podendo enfraquecer a organização da r-existência. No terceiro, se investigou as principais organizações/mobilizações políticas e processos de r-existência dos povos tradicionais no enfrentamento de processos de expropriação em defesa dos seus territórios. São as associações de moradores, frentes e comissões. Por fim, se analisou os resultados das lutas e r-existências desencadeadas sobre a conquista das comunidades quilombolas com a permanência das suas tradicionalidades e de suas existências.